18 de mar. de 2010

Festa Campeira

Caxias do Sul sedia Festa Campeira do Rio Grande do Sul até domingo.

Evento é realizado nos pavilhões da Festa da Uva e tem entrada franca!

Iniciou nesta quinta-feira a programação da 22ª Festa Campeira do Rio Grande do Sul (Fecars), que reúne os melhores classificados do Estado em provas como tiro de laço, gineteada, chasque, prova de rédea, cura do terneiro e pealos. Até este domingo, os pavilhões da Festa da Uva recebem delegações de competidores das 30 regiões tradicionalistas do Rio Grande do Sul. Cerca de 80 mil pessoas são esperadas.

— Se comparado a um rodeio comum, a grande diferença é que esta festa é organizada pelo Movimento Tradicionalistas Gaúcho (MTG) e só participam das provas os homens convocados por cada uma das regiões — explica o vice-prefeito e integrante da comissão executiva do evento, Alceu Barbosa Velho.

Entre as atrações também estão as provas de jogos campeiros como truco, tava, tetarfe e bocha, e os shows nativistas como de Pedro Ortaça, nesta sexta-feira, Mano Lima, no sábado, e César Oliveira e Rogério Melo, no domingo.

A entrada na festa é gratuita.

Fonte: Jornal Pioneiro- Caxias do Sul do dia 18/03/2010.

10 de mar. de 2010

Raça Crioula - (ABCCC)

FOTOGRAFIAS REGISTRAM HISTÓRIA DA RAÇA

As fotografias sempre foram fator importante no registro dos acontecimentos, servindo inclusive para retratar a história de determinados períodos. Aqui reproduzimos fotos publicadas a partir do primeiro Anais da então Associação dos Criadores de Cavalos Crioulos-ACCC. As fotos integram o arquivo fotográfico da ABCCC iniciado em 1936 por Dirceu Pires Terres, engenheiro agrônomo e gerente inspetor da ACCC. Voltado também para a arte de fotografar, Terres é autor da grande maioria das fotos publicadas nesta página. Elas reproduzem, além de exposições, o trabalho de inspeção nas estâncias.

Alva e Poesia Serrano, de Irmãos Vieira e Teixeira, Cruz Alta, março de 1939.

Boneca, Tibiriça e Lebre Alluan de João Alfredo da SilvaTavares, Herval, janeiro de 1937
Manada Crioula de Luiz Dias da Costa, Cruz Alta, março de 1939.
Lote éguas, propriedade do Cel. Leão dos Santos Terres, Granja Lacerda, Canguçu, fevereiro de 1938.
Vista da XXV Exposição de Bagé, em 1937.
Maragato, de José Manoel Avila de Azeredo, Estância São Manoel, Pinheiro Machado, presente na Expo Bagé em 1937.
Lote de éguas de Miguel Machado da Rosa, Júlio de Castilhos, março de 1939.
Olvido Minuano, tostado de Echenique e Nunes Vieira, Bagé, outubro de 1935.
Mazangano Pampeiro, nascido em 1923, e parte de sua manada, propriedade de João Martins da Silva, Bagé.
Matte Amargo, com 16 meses, ao lado do proprietário Tancredo Rodrigues Dutra, Estância São Martin, 1938.
Rebenque Serrano e parte de sua manada, propriedades de Irmãos Vieira e Teixeira, Estância Santa Elmira, Cruz Alta, março de 1939.
PRIMEIRA EXPORTAÇÃO DE EQÜINOS CRIOULOS BRASILEIROS PARA O ESTRANGEIRO.
É deveras promissor o patriótico movimento em boa hora desenvolvido pelos "crioulistas" brasileiros, pelo reerguimento e seleção da valente raça Crioula.

Bastas provas já temos tido do valor das criações nacionais, evidenciado pelas exportações de reprodutores para o estrangeiro. Assim já vimos notícias na imprensa, venda de touros Herefords, para a Argentina, e de equinos Árabes, para esse pais e os Estados Unidos.

Temos agora a satisfação em anunciar nestes Anais, a recente exportação feita por associados nossos, de duas éguas crioulas, para a Argentina.

Trata-se das eguas "Bisca Minuano", criação dos Srs. Echenique & Nunes Vieira e "Chará Eskualaria", de propriedades dos Srs. G. Echenique Filho & Irmãos Ltda.

Essas éguas, destinadas ao "pioneiro" argentino da criação de equinos Crioulos, professor Emilio Solanet, embarcaram para Buenos Aires, a bordo do vapor nacional "Mantiqueira", zarpado do porto do Rio Grande, a 23 do corrente mês "Bisca Minuano", R. P. 36, S. B. B. Prov. 421, tostada, nascida em 10 de dezembro de 1935, é a filha de "Pelo de Oro Cardal", S. B. B. Def. 1, e de "Sortija Cardal", S.B.B. Prov. 1, sendo portadora de uma corrente de sangue atualmente extinta no afamado "Haras El Cardal", daí a especial preferência daquele criador por essa égua, que é irmã própria do potrilho "Truco Minuano", S. BB Prov. 132, vendido ao Ministério da Agricultura na "6ª Exposição Nacional de Pecuaria", realizada em São Paulo, em 24 de julho de 1937.

A égua "Chará Eskualaria", R. P 20 S. B. B. Prov. 980, baia crespos do "velho Binga", do municipio de Cangussú, com tradição em vasta zona do Rio Grande, e foi aceita em primeira inscrição, pela Comissão de Inspeção da ACCC, em 12 de julho de 1938.

É mais um fruto altamente honroso da patriótica obra que a ACCC iniciou em 1932, visando a justa reabilitação do Cavalo, que foi, no passado, parte insubstituível na demarcação das nossas fronteiras e que é agora, e será no futuro, o único capaz de servir como montada dos nossos soldados, na defesa da Pátria Brasileira .

ANAIS DA ACCC Nº 8 DE JULHO DE 1940.

Aqui publicamos dois artigos e uma poesia publicadas nos Anais da ACCC nº 8 de julho de 1940.O material foi elaborado e encaminhado por colaboradores dos Anais e reproduzem interessantes passagens de uma época e sempre envolvendo a raça Crioula.

Cavalo Crioulo
Cap. Arthur Oscar Loureiro de Souza

Gaúcho bom da querência,
que pita fumo de rolo
e na canha tem consolo
salta em pelo no Bragado
me acompanha neste Brado
"Viva o Cavalo Crioulo."

Viva este pingo sem dono,
largado como índio vago,
que sem pena nem afago,
abandonado no Pampa,
mantêm, na fôrça e na estampa,
a tradição deste Pago!

Foi ele que transportou
no lombo, a gente guerreira
que elevou nossa bandeira
onde quer que houvesse rôlo

Foi o casco do Crioulo
que marcou nossa fronteira!

Andou com Bento Gonçalves
e, até onde a gloria vai,
como um vulto que não cai,
ficou como um promontório

Levou os bravos de Osório
aos campos do Paraguai!
Não só na história guerreira,
a sua glória se expande
onde quer que o valor mande
Escreveu sem diserepaneias
nas coxilhas das estâncias
toda a história do Rio Grande.

Jamais conheceu conforto.

Nascido pela canhada,
dormindo em cama de geada,
pastando solto no mais
pelos banhados baguais,
foi se criando em manada.

Por isso é matungo rijo
Como o sopro do minuano,
No osso tem bom tutano,
Morre seco e não se entrega
Como o mestiço, chô égua,
Que não vale um desengano.

E como, gaúcho amigo,
No pago canto de galo
te convido à exaltá-lo
E aos quatro ventos expô-lo

Viva o cavalo Crioulo

Bagé, agosto de 1939

Cavalos.

O estado de espírito dum cavalo pode variar como o das pessoas e assim na hora da competição, é necessário aproveitar as suas maiores virtudes.

O “vento de um cavalo” é uma doença que faz com que o cavalo faça uns ruídos estranhos durante a respiração, especialmente quando faz grandes esforços.
A Argentina é um dos poucos países do Mundo onde se cria o cavalo Árabe com caixilhos importados directamente da Arábia.

A técnica da doma em liberdade baseia-se no estudo do comportamento do cavalo e assim poder adaptar as atitudes de forma natural.

Para conhecer a idade de um cavalo, podemos ver a partir da sua dentadura. Se é jovem, não haverá cemento nos dentes à mostra e se é já mais velho, o cemento aparece desgastado e a sua dentadura estará inclinada.

Segundo os rumores, o cavalo não teve origem na Europa, mas sim que foi importado de alguma região oriental para uso doméstico.
Até à idade do bronze o Homem não utilizava o cavalo como elemento de trabalho.
Os cavalos possuem um amplo campo de visão lateral, mas muito limitado ao frontal. A sua vista é boa em curto e longo alcance, mas não é assim tão boa a médias distâncias. Relativamente à sua visão distinguir cores, ele só distingue o verde, o amarelo e o cinzento.

Os cavalos têm a capacidade de reconhecer sons a grandes distancias e vozes familiares.

O cavalo utiliza o seu olfacto para procurar alimentos e no caso do potro, também para reconhecer a mãe.

O desporto hípico teve origem nos torneios e jogos com cavalos que se faziam enquanto se descansava da guerra.

O cavalo consegue pôr-se em três patas, o que lhe permite descansar e até dormir de pé.

O cavalo é curioso por natureza e isto é provado pelo facto de ele aproximar-se rapidamente à porta ou cancela quando alguém passa ou chama.

A gestação duma égua dura de 340 a 345 dias e a égua só dá à luz uma cria por parto.

A melhor forma de disciplinar os cavalos que mordem é com uma palmada no pescoço.

A mula é o resultado do cruzamento entre um burro macho e uma égua.

A vacina da gripe equina permite prevenir a doença em 80% dos casos. A vacina deve ser administrada a cada onze meses e demora quinze dias a fazer efeito.

Fonte: http://www.oscavalos.com/c-curiosidades.html

Picasso Toll

Picasso Toll, no Brasil, obteve 7 vitórias e R$ 267.620 em prêmios, foi 1º GP Venâncio Luzardo - Carazinho, 1º GP Megarace/02, 1º Torneio Encerramento/02, 3º GP ABQM Potro do Futuro/02. Em Los Alamitos, obteve IV-94, 1 vitória e $27,457 em prêmios, foi 2º Holiday Handicap, foi considerado o "Cavalo do Ano na Califórnia 2003" .


Na estréia de sua primeira geração, em 2008, Picasso Toll destacou-se por ter produzido:

Imperador Toll, vencedor do GP Super Sprint/08, em Sorocaba;

Picasso Easy, vencedor do GP Brazilian Futurity/08, em Sorocaba;

Picasso Toll, foi recentemente condominiado (junho/08) e teve 80% de suas cotas vendidas, gerando um total de 800 mil reais.

© 2009, Central Rancho das Américas - Todos os direitos reservados.

O PRIMEIRO CAVALO-ZEBRA DA HISTÓRIA


À primeira impressão, parece que a foto foi trabalhada digitalmente, mas não é nada disso: trata-se mesmo do resultado incomum da cruza de uma zebra com um cavalo.

A "egüebra" ou "zégua" Eclyse nasceu no zoológico do parque safari Stukenbrock, na Alemanha, fruto do relacionamento entre uma zebra fêmea e um cavalo.

Normalmente, as cruzas entre cavalos e zebras costumam resultar em animais com o corpo totalmente listrado. A gravidez das zebras dura entre 365 e 375 dias, enquanto a das éguas é de 330 dias. No entanto, ninguém sabe quanto tempo a mãe de Eclyse esteve prenhe.

Sabe-se que já na época colonial houve cruzamentos das duas espécies de Equidae na África, e até hoje a prática é comum. No Quênia, por exemplo, os animais são criados para passeios turísticos.

Nos Estados Unidos, os "zebralos" são criados como hobby e para monta. Quase sempre, os pais são um garanhão zebra e uma égua, já que cavalos costumam ser mais dóceis que zebras.

Eclyse parece ter herdado o impetuoso temperamento africano da mãe, mas os tratadores do zoológico Stukenbrock vêm conseguindo domá-la. A idéia agora é encontrar um companheiro para ela, já que tanto zebras quanto cavalos são animais que vivem em tropas.

"Procuramos um pônei garanhão que tenha entre 1,40 m e 1,50 m. De preferência marrom e malhado", afirmou o chefe do parque alemão, Fritz Wurms. No entanto, por ser uma cruza entre duas espécies diferentes, é improvável que Eclyse seja fértil.

9 de mar. de 2010

Petiço!

Petiço


Cyro Gavião

gentileza de Fernando José Rodrigues



Esse petiço troncho que, ao passito,

Vem chegando co'a pipa, lá da fonte,

Foi quebra noutros tempos... foi bonito,

Foi mestre, num rodeio e num reponte.



Mas, hoje, nem o relho, nem o grito

Da gurizada já lhe altera a fronte

Indiferente a tudo, ao infinito,

A mais um dia que se lhe desconte.



Até dá pena ver esse sotreta,

Trocando perna, ao lado da carreta

Num caminhar tristonho, passo a passo...



Petiço velho,... jóia do meu pago!

Saudade amarga que, comigo, trago,

Espera,...qu'eu também sinto cansaço.